A próxima temporada do SailGP, maior e mais importante campeonato de velocidade de barcos a vela do mundo, ficará para sempre marcada na história do Brasil. Isso porque, pela primeira vez, o país vai participar da liga global da modalidade e tem sua estreia marcada para o dia 23 de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Além disso, dando seguimento a um combo de estreias brasileiras, esta edição traz Martine Grael à frente do Mubadala Brazil SailGP Team, primeira mulher a ocupar o posto de capitã em uma embarcação na história da competição. Por fim, a temporada 2025 da SailGP vai inaugurar ainda a passagem do campeonato por águas nacionais, em etapa marcada para maio do próximo ano, no Rio de Janeiro.
A regata em Dubai marca o início da 5ª temporada do SailGP, sendo a primeira de 14 etapas que vão acontecer em diferentes cidades ao redor do mundo. Totalizando 11 times no campeonato e, apesar de o Brasil nunca ter participado até então, a modalidade tem tudo para cair no gosto popular e atrair uma torcida engajada, ao combinar velocidade, adrenalina e tecnologia de ponta.
Com equipes a bordo de embarcações idênticas – o catamarã de modelo F50, considerado os mais rápidos do mundo e podendo atingir até 100 km/h, chegando a voar sobre as águas -, o que aumenta a competitividade, o Mubadala Brazil SailGP Team tem um grande diferencial sobre os outros, ao ser o primeiro time comandando por uma mulher competindo de igual para igual contra os homens em uma liga mundial. Ou seja: é emoção garantida, daquelas para torcedor apaixonado nenhum colocar defeito!
Velejadora experiente e bicampeã olímpica e pan-americana, o sobrenome de Martine não deixa dúvidas de que ela faz parte da ‘família real brasileira da vela’. Herdeira de Torben Grael, ícone no esporte, a atleta de 33 anos já tem um extenso currículo e se prepara para incluir mais um feito na lista, ao integrar a primeira equipe brasileira a competir no SailGP e ocupar o posto de capitã – ou, na linguagem oficial da modalidade, Driver. Em sua estreia na competição, a posição de Martine à frente do barco de modelo F50 consagra ainda um importante marco na trajetória da representatividade feminina e equidade de gênero no esporte.
Além do posto de Driver (piloto/capitão), as equipes da SailGP contam ainda com outros seis atletas em cinco posições: dois Grinders, um Flight Controller, um Wing Trimmer, um Strategist e um Reserve. Como Grinders do F50 estão Marco Grael – irmão de Martine – e Mateus Isaac. Juntos, o trio brasileiro faz sua estreia na liga internacional. Andy Maloney ocupa o posto de Flight Controller. Leigh McMillan, por sua vez, é o Wing Trimmer da equipe, que traz ainda Richard Mason como Strategist. Completando o time, a também brasileira Kahena Kunze – dupla de Martine nas principais conquistas de campeonatos de vela do mundo, incluindo as Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos – foi a escolhida como Reserve, estando a postos caso precise substituir qualquer um dos colegas ao longo da competição.
“Falando como capitã, digo por toda a equipe que estamos todos muito animados e confiantes com essa estreia. O Brasil pode estar participando da SailGP pela primeira vez, mas temos muita tradição em esportes de vela no nosso país. Além disso, conseguimos reunir atletas brasileiros e estrangeiros talentosos, competentes e que compraram a briga, com muita garra para vencer. O público pode esperar o nosso melhor”, diz Martine, que no comando do Mubadala Brazil SailGP Team vai enfrentar equipes da Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Suíça.
A 5ª temporada do SailGP tem início em 25 de novembro, em Dubai. Na sequência, a competição vai ter etapas realizadas em cidades como Auckland (Nova Zelândia), Sidney (Austrália), Los Angeles, São Francisco e Nova Iorque (Estados Unidos), Rio de Janeiro (Brasil), Cádiz (Espanha), Genebra (Suíça), Taranto (Itália), Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), além de outras confirmadas para o Reino Unido, Alemanha e Oriente Médio.
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