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Marinha amplia frota científica com o Aviso Hidroceanográfico Cananéia

Marinha do Brasil ganhou um reforço estratégico para suas missões de pesquisa e segurança marítima. Trata-se do Aviso Hidroceanográfico Cananéia (H-16), embarcação doada pela Universidade de São Paulo (USP) que agora integra a frota da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), ampliando a capacidade de levantamentos hidrográficos e oceanográficos da Força.

Histórico e capacidades técnicas do Cananéia

Primeira embarcação oceanográfica construída no Brasil, o navio entrou em operação em 2013 como Alpha Delphini, servindo ao Instituto Oceanográfico da USP. Por mais de uma década, desempenhou papel essencial em levantamentos batimétricosmonitoramentos costeiros e estudos sobre biodiversidade marinha e mudanças climáticas. Foi também utilizado como laboratório embarcado, formando sucessivas gerações de oceanógrafos, biólogos, geólogos e especialistas ligados às ciências do mar.

Antes de sua incorporação, em agosto de 2025, o Cananéia passou por inspeções técnicas, padronização e modernização de sistemas no Complexo Naval da Ponta da Armação, em Niterói (RJ). Foram instalados novos equipamentos de segurança, comunicações e controle de avarias, além da identidade visual da Marinha. Agora, o navio está apto para missões de mapeamento do litoral brasileiroatualização de cartas náuticas e apoio à pesquisa oceanográfica, garantindo maior segurança da navegação.Coisas para fazer perto do Rio de JaneiroSegurança naval

Cooperação entre Marinha e Universidade de São Paulo

A doação do navio simboliza quase 70 anos de cooperação entre a USP e a Marinha do Brasil. Desde 1956, quando a Força Naval passou a incentivar a pesquisa em ciência e tecnologia em parceria com universidades, projetos conjuntos consolidaram avanços significativos. Desses esforços, nasceu o primeiro curso de Engenharia Naval do Brasil, na Escola Politécnica da USP, e diversas iniciativas voltadas à integração entre ciência, defesa e desenvolvimento.

Segundo o Vice-Almirante Marco Antônio Linhares Soares, Diretor de Hidrografia e Navegação, a chegada do Cananéia ocorre em momento oportuno, pois a saída do Navio Hidroceanográfico “Amorim do Valle” havia reduzido a frota dedicada à hidrografia. O novo Aviso reforça a capacidade da DHN em atender à crescente demanda por levantamentos hidrográficos e pesquisas ambientais.

Símbolo histórico e fortalecimento da soberania marítima

O nome Cananéia é uma homenagem à cidade litorânea de São Paulo, onde em 1939 foi impressa a primeira carta náutica totalmente produzida no Brasil. O batismo do navio remete à tradição da Marinha na produção cartográfica e à defesa da Amazônia Azul, área marítima de 5,7 milhões de km² sob jurisdição nacional.Coisas para fazer perto de São PauloSegurança naval

Mais do que um reforço científico, a incorporação do Cananéia amplia a capacidade do Brasil em proteger seus portos, rotas comerciais e recursos naturais. Ao integrar ciência, meio ambiente e Defesa, o novo Aviso Hidroceanográfico se torna peça-chave na estratégia de soberania marítima e na presença brasileira no Atlântico Sul.

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