
O Dia Mundial da Antártica, comemorado nesta segunda-feira (1º), lembra a data de assinatura do Tratado da Antártica, em 1959, documento reconhecido por mais de 50 nações e que vem garantindo, ao longo de todos esses anos, que a região continue a receber o título de continente da paz, voltado para o interesse científico e em favor do futuro da humanidade. O Brasil tem presença permanente no local, por meio da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), da Marinha do Brasil (MB) — referência internacional em pesquisa e tecnologia.
Desde sua inauguração, em 6 de fevereiro de 1984, a EAFC foi modernizada e ampliada, tornando-se um importante polo para pesquisas na região mais fria da Terra. Situada na Ilha Rei George, na Baía do Almirantado, a Estação reúne militares e pesquisadores que desenvolvem estudos científicos, no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), gerido pela MB. Suas instalações garantem condições seguras para pesquisas em áreas como microbiologia, biotecnologia, meteorologia e vigilância epidemiológica, as quais ajudam a explicar fenômenos climáticos com impacto direto no território brasileiro e em toda a humanidade.
O Chefe da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), Capitão de Fragata Felipe Cardoso de Araújo, ressaltou a importância da atuação brasileira no continente gelado.
Criado em 1982, o PROANTAR é o mais longevo programa científico do País e reúne tanto pesquisadores civis quanto militares, promovendo pesquisas científicas com o propósito de ampliar o entendimento de fenômenos que impactam o clima global e o território brasileiro.
A bióloga Rebeca Graciela Matheus Lizárraga, mestra e doutoranda em Microbiologia Marinha pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), é uma das pesquisadoras que atuam na Estação Antártica Comandante Ferraz. Ela ressalta o papel fundamental do Programa para que o País tenha protagonismo nos estudos sobre a região e seus fenômenos naturais, que influenciam o clima e as condições de vida, especialmente no Hemisfério Sul.
“A pesquisa brasileira na Antártica é resultado de uma parceria de sucesso entre nós, pesquisadores de diversas áreas, e a Marinha do Brasil, que oferece suporte para que o País esteja presente aqui em um dos ambientes mais extremos do planeta”, disse a pesquisadora.
Continente dos superlativos
A região da Antártica está congelada há mais de três milhões de anos e tem um papel essencial nos sistemas naturais globais. O continente gelado é o principal regulador térmico do planeta, controla as circulações atmosféricas e oceânicas, influenciando o clima e as condições de vida na Terra. Também é detentor das maiores reservas de gelo (90%) e água doce (70%) do Planeta, além de possuir recursos minerais e energéticos incalculáveis.
Conhecido como o continente dos superlativos: o mais alto, o mais ventoso, o mais frio, o mais seco e o mais inóspito, a Antártica tem cerca de 14 milhões de km2 – o que equivale à área correspondente aos territórios do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Peru e Bolívia, ou às terras contíguas dos EUA e México.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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