A grande dimensão do desafio científico e tecnológico é revelada desde logo pelas características da elevação do Rio Grande:
é uma feição positiva (uma “montanha”), cujo topo está a 600m de profundidade da linha d’água e a base a 4.000m de profundidade.
Está localizada a cerca de 1.100 km ou 594 milhas náuticas das costas brasileiras no Rio Grande do Sul, dentro do espaço oceânico denominado pela Convenção de Direito do Mar como Área, legalmente definida como o leito e fundos marinhos além da jurisdição nacional, cujo espaço geográfico e recursos minerais são considerados patrimônio comum da humanidade.
A presença brasileira no Atlântico Sul em espaços além da jurisdição nacional, associados ao desenvolvimento de pesquisas científicas de alto nível comparáveis àquelas de Estados mais desenvolvidos, sem dúvida alguma mantém o Brasil em evidência sobre o tema dos oceanos, incrementando, consequentemente, o nível de exigência acerca de suas obrigações e responsabilidades previstas na Convenção de Direito do Mar não apenas para a pesquisa científica na Área, mas em todos os campos da política, da estratégia e do direito relacionados ao mar.
Fonte: Boletim Geocorrente Nº 26 – EMGEPRON
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