Menos de três anos após sua última participação nas Olimpíadas, na qual se destacou como o primeiro brasileiro a marcar presença em sete edições dos Jogos, Robert Scheidt retorna à sua terra natal para mais uma competição. Desta vez, o cenário é o
Campeonato Brasileiro de Snipe, uma modalidade de vela em dupla reconhecida como uma das mais tradicionais no Brasil, contando com a presença de diversos campeões mundiais. A competição é disputada no Rio de Janeiro, com sede no ICRJ.
O renomado velejador, detentor de múltiplos títulos olímpicos e mundiais embarca nessa jornada ao lado de seu filho Erik, participando das regatas que terão início nesta terça-feira, 23 de janeiro, e se estenderão até o dia 27.
“A classe Snipe é uma das classes de maior prestígio e número no Brasil. Muitas gerações de grandes velejares passaram por essa classe. (…) Em 1992 foi meu último Brasileiro, então tem uma lacuna enorme aí. Agora me convenceram a vir correr o Campeonato, com grandes amigos de longa data,” afirma Scheidt.
Além de Scheidt, o campeonato conta com outros grandes nomes da vela brasileira como Alexandre Paradeda, Bruno Bethlem, e as atuais campeãs mundiais da classe Juliana Duque e Bruna Patrício, que estarão em duplas separadas nesse evento. O campeonato
bateu o recorde de participantes, e com cento e dezoito (118) barcos inscritos, está sendo o maior evento da história até então. Juntando todos os participantes, somam-se vinte e seis (26) títulos mundiais na classe.
A competição conta com a presença de velejadores de seis (6) países diferentes, são eles: Brasil, Argentina, Portugal, Estados Unidos, Lituânia e Holanda.
Além de consagrados nomes do esporte, a geração mais jovem vem em peso e promete brigar por boas colocações no resultado geral. A classe está passando por um bom momento de renovação, com atletas de até 23 anos ganhando espaço no topo da disputa.
Bruna Patrício, atual campeã Mundial de Snipe ao lado de Ju Duque, comenta sobre as expectativas do campeonato. “Tivemos bons treinos antes do campeonato, estamos bem animados. Vai ser um campeonato de alto nível e queremos nos colocar bem além das categorias mista e jovem.”
O velejador sub-18 Newton Passos teve uma boa colocação no Mundial ao lado de seu proeiro Joaquim. “Tivemos agora uma boa experiência que foi o Mundial Júnior, onde obtivemos um ótimo resultado. Nossa meta era um top 10 e conseguimos um 8º. (…) agora
no Brasileiro uma oportunidade que poucos tem de velejar em uma classe de elite com grandes velejadores.”
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