Vela

Entre os favoritos ao título Brasileiro nas classes IRC e BRA-RGS, está o veleiro Xamã, recuperado por dois velejadores de Ilhabela

Crédito: Divulgação

Campeonato Brasileiro nas classes IRC e BRA-RGS começa nesta sexta-feira em Ilhabela e o veleiro Xamã, vice-campeão da 70ª Santos-Rio, vem com força para a disputa entre velejadores Olímpicos e campeões mundiais.

Dois caiçaras de Ilhabela (SP) e especialistas em reforma de barcos puseram a mão na massa durante a pandemia para reformar um veleiro e colocá-lo em ponto de bala para a disputa do Campeonato Brasileiro das classes IRC e BRA-RGS que acontece a partir desta sexta-feira no Yacht Club de Ilhabela e irá até o domingo, dia 22.

Xamã durante a largada da 70ª Santos-Rio (Crédito: Aline Bassi / Balaio de Ideias)

O evento, contará com cerca de 40 barcos e 400 velejadores de todo o país, faz parte da 3ª etapa da Copa Suzuki que completa 20 anos. O patrocínio é da Suzuki Veículos com co-patrocínio do GOFit.

Em novembro do ano passado o barco Angela Star sofreu um forte acidente durante a 50ª edição do tradicional Circuito Rio e, ficou parcialmente destruído. Eis então que Flávio Farkouh e seus sócios, Sérgio Klepacz, Paulo Tinah e Atanawe Boechat, a maioria que tripulou o barco Asbar II por sete anos, optaram por encarar o desafio. Adquiriram o antigo Angela Star no começo de 2020. O veleiro que tinha um bom histórico de vitórias em regatas nacionais. Após dois meses de reforma, deram-lhe o novo nome “Xamã”.

Tripulantes da equipe e especialistas em reforma de barcos há 30 anos, os caiçaras Paulo Jesus “Tinah” e Atanawe Boechat, vieram do bairro da Vila, no centro de Ilhabela (SP), foram os responsáveis diretos pela obra e colocaram a mão na massa junto com o comandante Sérgio e Flávio.

Xamã sendo içado no travel lift do ICRJ. Crédito: Divulgação

“O barco tinha sofrido uma avaria no bombordo, na cabine de popa e no último armário da cozinha, essa parte refizemos no Rio de Janeiro (Iate Clube do Rio de Janeiro) na época da pandemia. Em 15 dias, deixamos o barco pronto para levarmos navegando para o Guarujá, onde fizemos toda a parte de marcenaria e pintura. Depois no Guarujá levou mais cerca de 30 dias para deixá-lo pronto para navegar e competir. O nome “Xamã” tem tudo a ver com Ilhabela. A origem é indígena, um feiticeiro e ilha era muito habitada por índios antigamente”, aponta “Tinah”, de 53 anos, que possui, junto com Atanawe, uma empresa, a Tinah Service, de reparos em barcos e também veleja desde os 7 tendo passado por várias classes, começando no Optmist e, entrando na Vela de Oceano em 1985.

Interior do barco Xamâ. Crédito: Divulgação

Flavio Farkouh explica porque adquiriu o antigo Angela Star e, teve todo o trabalho de reformar. Foi um grande desafio superado pela união da tripulação: “Nós queríamos algum barco de maior competitividade de ponta”, afirma: “Todos os detalhes foram feitos com capricho. Além de barco de competição de regata, é como se fosse uma casinha, tem gerador, ar-condicionado, geladeira, freezer, micro-ondas, máquina de café Nespresso. Temos hoje em dia um senhor barco para regata. Nossa tripulação por ser toda de Ilhabela, tem a vela no sangue. Em pouco tempo nos adaptamos ao barco e, o resultado está aparecendo. As reformas foram administradas pelo Atanawe e o Paulo Tinah que, além de grandes velejadores, são profissionais na reforma de barcos. Hoje somos quase que uma família”.

Xamâ em reparo. Crédito: Divulgação

As primeiras regatas entre setembro e outubro, após o fim das restrições de quarentena pela pandemia, já trouxe resultados positivos. O barco ficou com o segundo lugar na classe na 70ª Regata Santos-Rio perdendo apenas para o Ventaneiro e ficou nas primeiras colocações no 51º Circuito Rio, duas importantes competições do calendário de Vela de Oceano”.

Agora, competindo em casa, a expectativa é levantar o título ou chegar no pódio no Brasileiro IRC sediado no Yacht Club de Ilhabela”.

“Nossa intenção é ganharmos o Brasileiro IRC. Sabemos que temos grandes competidores, barcos bons na raia. Temos uma pequena vantagem por estarmos em nossa raia, em Ilhabela, onde velejamos mais. Será um campeonato difícil, bonito. Estamos velejando há três meses com o barco, muita coisa a aprender ainda. Nosso barco vai muito bem acima dos 12 nós, é o nosso vento. Barco não orça muito, mas tem uma resposta boa”.

Além das classes IRC e BRA-RGS, estarão em disputa na 3ª etapa da Copa Suzuki as classes C-30, HPE25 e Bico de Proa. As inscrições seguem abertas pelo site do Yacht Club de Ilhabela.

Programação do Evento:

19/11 – Chegada dos barcos e preparação dos mesmos

20/11 – 12h – Primeira regata nas classes IRC e BRA-RGS

21/11 e 22/11 – 12h – Regatas do dia classes IRC e BRA-RGS

A 3ª Etapa da Copa Suzuki 2020, Campeonato Brasileiro IRC e BRA-RGS, contra com a organização e realização do Yacht Club de Ilhabela, com patrocínio master da Suzuki Veículos, co-patrocínio do GOFit, e apoios da ABVO, Prefeitura Municipal de Ilhabela, Balaio de Ideias, Control Service e FEVESP.

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