O vento tem influenciado importantes empreendimentos que pelo vulto, mudaram o curso da história. Inspirou inclusive a mitologia Grega com a criação do personagem Éolo, deus dos ventos. Daí, surgiu o termo: “força eólica”. Até hoje, o vento continua testando os limites da criatividade e outras qualidades humanas, contribuindo vigorosamente para a expansão do conhecimento, abrindo horizontes, renovando a visão de futuro e ampliando o entendimento da cooperação. Foi amimado desta postura, que o vento propiciou o desenvolvimento das grandes embarcações que impulsionaram o início da era de viagens transoceânicas pelos mares do planeta, promovendo a descoberta de novos continentes como as Américas, incluindo o Brasil onde hoje habitamos. A energia propulsora que movia estas embarcações, não provinha mais da força muscular de numerosos remadores. Os tripulantes, passaram a manejar consideráveis áreas velicas, captando a energia do vento para transportar várias toneladas de cargas, equipamentos, verdadeiras fortalezas flutuantes, em longos percursos que embarcações à remo não conseguiriam alcançar ou, atingir o mesmo porte. Desta forma, o vento passa a impulsionar meios de transporte com destino certo. Mas, a criatividade humana não parou aí, a energia eólica é também aproveitada como força motriz para o trabalho mecânico (turbinas), produz eletricidade e ultimamente, vem sendo amplamente utilizada nas práticas de recreação, esporte e lazer. As aeronaves também tiram dele partido, para reduzir o consumo de combustível.
VENTO: Definição, Formação e Importância
O vento, é uma força natural que resulta das variações de temperatura da atmosfera. Ocorre quando duas massas de ar de densidades diferentes (pressões diferentes) interagem. Os raios solares aquecem a terra, o ar e o mar (que representa mais de 70% da superfície planetária) de forma desigual. O ar quente fica mais leve e sobe, podendo atingir até 10 mil metros de altitude. Aparece um fluxo da região da maior pressão para a região de menor pressão, até estabilizar provisoriamente as pressões entre essas regiões. Esse é o processo inicial de formação dos ventos que também sofre influência da rotação da Terra, umidade do ar, relevo e evaporação. A intensidade e direção do vento, mudam a cada instante (a impermanência, é uma características dos elementos da natureza).
Por convenção, o vento recebe o nome de onde vem (vento leste, sul, etc). VENTO REAL é aquele que percebemos quando estamos parados. Porém, quando nos deslocamos, o VENTO REAL combina-se a nossa velocidade e direção, formando o VENTO APARENTE*. O VENTO APARENTE, é o mais importante para os cálculos da navegação e aerodinâmica, assim como para o ajuste das velas de uma embarcação.
Os ventos são de fundamental importância na dinâmica terrestre, visto que transportam umidade dos oceanos para as porções continentais, amenizam o calor das zonas de baixa pressão atmosférica, entre outros fatores.
Ilustrações de como o vento vem sendo aproveitado como força propulsora:
O Navio Veleiro “Cisne Branco” (do tipo fragata) foi construído na Holanda, baseado em projetos de embarcações do século XIX e, incorporado à Marinha do Brasil em 2000. O navio tem 76 metros de comprimento, capacidade para 51 tripulantes, 1.038 toneladas de deslocamento, atinge a velocidade de 11 nós à vela e 17,5 nós no motor e, utiliza 32 velas planas, de diversos formatos.
Apesar de possuir sistemas de tecnologia avançada, realiza as manobras de convés e vela exatamente como ocorria no século XIX, mantendo assim as mais antigas tradições da marinharia.
Velas circulares: o navio francês Alcyone*, foi construído para o comandante Jacques-Yves Cousteau e, projetado para receber uma inovadora tecnologia de propulsão com “vela circular” ou, “torres de vento”. É interessante observar, que este sistema de captação da “energia eólica” permite a embarcação navegar contra o vento. Qualquer vela plana, precisaria ter um “ângulo de ataque”**.
* Filha de Éolo, deus dos ventos na mitologia Grega.
**Ângulo de ataque, pode ser definido como o ângulo formado pela corda do aerofólio e a direção do seu movimento relativo ao ar, ou melhor, em relação ao vento aparente.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82ngulo_de_ataque>
Embarcação com hydrofoils sendo impulsionada por vela rígida, navegando à 125,95452 km/h ou 68.01 nós no VENTO APARENTE (1 nó = 1,852 km/h)
Na aviação, novas pontas de aza reduzem o arrasto aerodinâmico e melhoram a sustentação, reduzindo o consumo de combustível
A criatividade humana é permanente e, trabalha para a evolução geral (fluxo do universo = pujança da vida que se renova permanentemente a cada instante). Através do conhecimento, aprimora-se o aproveitamento das forças da natureza: motores/geradores/turbinas, tornam-se cada vez mais possantes e proporcionalmente menores (concentração energética): são atingidas velocidades progressivamente maiores, tornando os equipamentos/ferramentas/instrumentos sempre mais eficazes.
Exemplo de expansão do conhecimento na aviação nos últimos 110 anos.
14 Bis | Avião comercial | |
ANO | 1906 | 2016 |
POTÊNCIA DO MOTOR (HP) | 50 | +/- 50.000 (Boing 747) |
AUTONOMIA | 220 METROS | 9.800 KM (Boing 747) |
ALTITUDE | 4 METROS | 11.000 METROS |
PESO | 160 KG | 447.700 (Boing 747) |
VELOCIDADE | 30 KM/H | 890 KM/H |
Que progressão é esta? E daqui a 100 anos, como será? Que potências estaremos administrando para dar continuidade a evolução?
Acompanhe aqui notícias da meteorologia e previsões do vento.
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