Meteorologia e Oceanografia

Entenda os tipos de Ciclone

A semana vem sendo de intenso frio em diversas localidades das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, devido ao avanço de uma intensa massa de ar polar. O fenômeno é comum para esta época do ano, estando associado às passagens de frentes frias. Estas, por sua vez, estão associadas aos ciclones extratropicais, que retiram sua energia das diferenças de temperatura da atmosfera.

Por vezes, os ciclones extratropicais, que possuem núcleo frio, recebem ar quente em seu interior, passando por um processo chamado “transição de fase”. Quando isto ocorre, o ciclone deixa de ter as frentes associadas e passa a deslocar-se sozinho. O que foi observado nesta semana, foi justamente um destes ciclones adquirindo núcleo quente em baixos níveis, sendo etão chamado de ciclone subtropical. A Marinha do Brasil é o órgão responsável pelo monitoramento e classificação destes sistemas em águas jurisdicionais brasileiras. Como a velocidade do vento foi estimada por sensores satelitais acima de 33 nós, o ciclone subtropical passou a ser chamado de Tempestade Subtropical, sendo nomeado “Yakecan”, palavra em tupi-guarani que significa “o som do céu”. O sistema deslocou-se primeiramente para oeste, tendo atingido o estado do Rio Grande do Sul ao longo do dia 17MAI. Posteriormente, apresentou movimento para nordeste, afastando-se da costa.


Além do mau tempo, foram estimados ventos sustentados de 50 nós (92 km/h), ondas de 10 metros em alto-mar e de 5,0 metros, próximo à costa da região Sul do Brasil.

O ciclone perdeu suas características subtropicais ao longo do dia de hoje, voltando a apresentar núcleo frio, sendo referenciado apenas como uma baixa fria. Contudo, ainda estarão em vigor alguns avisos de mau tempo em função dos efeitos da passagem do sistema sobre áreas marítimas.

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