
A Amazônia Azul, com seus 5,7 milhões de km², representa um vasto território de riquezas naturais ainda pouco conhecidas. Entre os recursos estratégicos presentes no fundo do mar brasileiro estão minerais essenciais para várias indústrias e setores econômicos, incluindo: construção civil, agronegócio, siderurgia, cosméticos, farmacêutico, eletrônicos, dentre outros. Muitos destes minerais são a base para a transição energética, como: manganês, níquel, cobre, cobalto, lítio, Terras Raras e outros elementos encontrados em nódulos e sulfetos polimetálicos polimetálicos, sulfetos e crostas cobaltíferas, fosforitas, pláceres de minerais pesados e granulados siliciclásticos e bioclásticos. Esses minerais podem desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento sustentável do país, ampliando sua inserção na economia azul e contribuindo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Entretanto, a exploração mineral em águas profundas nos fundos marinhos também traz grandes desafios. Os impactos ambientais associados à atividade incluem: aumento da turbidez, ruídos, iluminação, poluição química e riscos à biodiversidade marinha, em especial às comunidades de corais profundos bentônicas. Além disso, existem questões geopolíticas e de soberania, pois a disputa por recursos minerais no mar envolve tanto a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) quanto áreas internacionais (AREA), reguladas pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA).
Ao longo das últimas décadas, o Brasil tem investido em projetos de pesquisa e exploração, como os levantamentos sistemáticos realizados pela Marinha e pelas universidades, além de programas como o PGGM, REMAC, LEPLAC, REMPLAC e o PROAREA, que buscam mapear e compreender os recursos minerais do fundo marinho. Essas iniciativas reforçam a importância de integrar ciência, tecnologia e políticas públicas para garantir o uso sustentável dos recursos oceânicos.
Para aprofundar esse debate, o Professor Doutor Marcelo Sperle Dias, Oceanógrafo, Professor Associado da Faculdade de Oceanografia da UERJ e Vice-Coordenador do Programa de Geologia e Geofísica Marinha, ministrará a palestra de curta duração intitulada “Mineração na Amazônia Azul: Desafios e Oportunidades”. O encontro é uma oportunidade única para compreender os avanços científicos, tecnológicos, os riscos ambientais e as oportunidades estratégicas que envolvem o futuro da mineração marinha no Brasil.
Saiba mais assistindo à palestra “Mineração na Amazônia Azul: Desafios e Oportunidades”, que será realizada no próximo dia 24 de setembro, a partir das 10h.
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