Por Talitha Lopes Ferreira Da Costa
Eutrofização é um processo natural que ocorre nos corpos d’água. Ele é resultado de um acúmulo gradual de nutrientes e de biomassa acompanhados pelo aumento dos níveis de produção e de decréscimo da profundidade média da coluna d’água causado pelo acúmulo de sedimentos. É um dos estados de sucessão natural dos ecossistemas aquáticos. Ademais, a eutrofização quando ocorre naturalmente, é de forma gradual e lenta.
Por outro lado, existe a eutrofização cultural, na qual o processo se desenvolve de forma acelerada. Há uma elevação desorganizada da produção de biomassa, impedindo a sua integração pelo sistema aquático no mesmo ritmo acentuado, resultando assim num desequilíbrio ecológico. Tal cenário tem sido ocasionado pela poluição dos ambientes aquáticos e tem se tornado um problema frequente.
Dessa forma, vale ressaltar alguns efeitos da eutrofização nos ambientes marinhos:
- Redução na claridade da água;
- Morte ou perda nas comunidades recifais;
- Redução na percepção do valor estético do corpo d’água;
- Mudanças no pH e queda nas concentrações de oxigênio da coluna d’água;
- Alterações na composição dos animais em direção a espécies menos desejáveis;
- Elevação das mortes de espécies animais de importância recreacional e comercial;
- Mudança na composição das espécies de fitoplâncton para grupos que podem ser tóxicos ou de baixo valor nutricional;
- Elevação de blooms indesejáveis de zooplâncton.
Diante do exposto, com intuito de diminuir os impactos das ações antrópicas em tais ambientes, como por exemplo ocupação por agricultura ou despejo de esgoto doméstico, é possível tomar algumas medidas preventivas. Estas medidas viabilizam a redução das fontes externas que resultarão na eutrofização cultural daquela região. Além disso, também é possível adotar medidas de correção através de processos biológicos, químicos e mecânicos a fim de diminuir os impactos na área em questão.
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