A estreia de Robert Scheidt Swan 50, uma das classes mais competitivas entre barcos grandes na Europa, ao lado da TP52, manteve a tradição de sua carreira: no pódio. O bicampeão e maior medalhista olímpico da história brasileira atuou como tático no Stella Maris e ajudou a tripulação do barco a conquistar o vice-campeonato na tradicional Rolex Cup, que teve a edição 2022 disputada na Marina de Porto Cervo, na Sardenha, Itália, retornando após quatro anos desde sua última disputa, em função da pandemia.
“Foram 15 barcos na linha de largada, todos iguais, em um lugar lindo e histórico, que é Porto Cervo, e estou muito feliz com o resultado, assim como toda a equipe. Entrei para substituir o tático, que se ausentou em função do nascimento do filho e fizemos uma boa competição. Foram oito regatas, nas quais conseguimos uma boa regularidade, pois em todas ficamos entre os top 10. E isso conta muito, pois não havia descarte. Foi um debute importante nessa classe e são portas que se abrem nesse mundo da vela de barcos grandes”, comentou Scheidt, que é patrocinado pelo Banco do Brasil, Embaixador Rolex e conta com o apoio do COB e CBVela.
Na 21ª edição, a Swan Cup ocorre há quase 40 anos. É uma regata bienal organizada pelo Yacht Club Costa Smeralda (YCCS) em colaboração com o estaleiro finlandês especializado em iates de luxo Nautor’s Swan, tendo como patrocinador principal a relojoeira suíça Rolex. Além dos 15 barcos ClubSwan de 50 pés, o evento contou com mais 90 veleiros inscritos, desde os mais recentes modelos lançados pelo estaleiro finlandês aos clássicos que datam dos anos 1960 e 1980.
Após a estreia na classe Swan, Scheidt volta as atenções para as finais da SSL Gold Cup, competição em nações, em formato similar à Copa do Mundo de futebol. Robert está animado com o novo desafio, no qual é o capitão do barco que reúne outros grandes nomes da vela nacional. A participação do barco do Brasil começa na luta pelo título, que começa dia 8 de novembro, no Bahrein.
Na Gold Cup, todos os países competirão em pé de igualdade. Os veleiros one design são fornecidos pela organização. O barco SSL47 – uma versão do RC44, categoria bastante usada em regatas mundiais – tem regulagens do original que não podem ser alteradas. ”A ideia da SSL Gold Cup é interessante, pois são barcos iguais e o que conta é o trabalho da tripulação”, atesta Robert Scheidt, camisa 10 da seleção brasileira.
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