Apresentando a Ilha: a ilha de Trindade é formada pela ponta de um vulcão extinto na extremidade oriental de uma cadeia de montanhas submarinas que, surgiu há mais de 3 milhões de anos, erguendo-se de uma profundidade superior a 4.000 metros, sendo que seu pico está há aproximadamente 625 metros acima da nível do mar. A única forma de chegar na ilha, é por navio. Para fazer este documentário, a equipe da Band embarcou no navio Sirius da Marinha do Brasil.
A expedição: depois de 4 dias e meio de viagem começa a se avistar a ilha da Trindade. Desde 1957, de forma contínua, a Marinha do Brasil ocupa e protege a Ilha da Trindade e o arquipélago de Martins Váz, mantendo um posto oceanográfico, uma estação meteorológica e científica e, recebem pesquisadores de diversas áreas de conhecimento, para estudos e pesquisas.
Mais sobre a Ilha: A Ilha da Trindade foi descoberta em 1501, pelo navegador português João da Nova e batizada por Estevão da Gama um ano depois, com o nome que conserva até hoje, em homenagem à Santíssima Trindade, em função das três elevações mais conspícuas, que se avistam à distância. O ponto mais alto é o pico São Bonifácio, com cerca de 625 metros de altura. A ilha já esteve nas mãos dos portugueses, ingleses, piratas e mercadores de escravos. O Brasil recuperou a ilha em 1897, por vias diplomáticas.
Trindade tem capacidade para abrigar até 40 militares e mais uma dezena dezena de pesquisadores. De dois em dois meses, eles são substituídos por outros que vem do continente. Há uma enfermaria, posto telefônico e alojamentos confortáveis para militares e civis pesquisadores. Não há turismo. Para pesquisar na ilha, é preciso se inscrever no PROGRAMA DE PESQUISAS CIENTÍFICAS NA ILHA DA TRINDADE. <https://www.marinha.mil.br/secirm/psrm/protrindade>
Navegantes e piratas que visitavam a ilha, levaram cabras, porcos e galinhas para servirem de alimentos. Um dos responsáveis por levar cabras no ano de 1.700, foi o astrônomo inglês Edmond Halley. Acontece que os animais se alimentaram de toda a vegetação da ilha, promovendo uma erosão que tomou conta do solo e com isto, muitas nascentes desapareceram. Um dos desafios dos pesquisadores, é recompor a flora e por sua vez a fauna, com pássaros fazendo seus ninhos e se reproduzindo. O caranguejo amarelo, está por toda a parte.
O território brasileiro, cresce para leste: 2018 marca a criação de duas áreas de proteção ambiental no mar: uma ao redor do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, há 1.100 km de Natal e outra, justamente no entorno de Trindade e do vizinho Arquipélago de Martins Váz, há 1.200 kms de Vitória. Juntas, essas áreas somam 92 milhões de hectares, maiores do que os estados de Goiás e Minas Gerais juntos. Com a criação dessas APAS, o Brasil salta de 1½ para 26% de áreas de preservação no mar, cumprindo com folga as metas globais de proteção do meio ambiente.
O Brasil possui mais de 8.000 km de costa. De acordo com a convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar, todo o país litorâneo tem o direito de estabelecer uma Zona Econômica Exclusiva – ZEE de 200 milhas náutica (cerca de 400 km). A ZEE brasileira, tem 3 milhões de km² que, somados as 960 da plataforma continental, totaliza uma área de 4,5 milhões de km², constituindo parte da nossa “Amazônia Azul”.
O navio Sirius tem muita história: foi construído num estaleiro em Tóquio no Japão e, incorporado a frota da Marinha do Brasil em 1958. É o primeiro navio brasileiro a ter um helicóptero como parte de seu equipamento. Este fato, chamou a atenção do então Presidente da República Juscelino Kubitschek que em visita ao navio, em ocasião próxima a inauguração de Brasília, pediu ao piloto que sobrevoasse o Palácio do Catete para fazer a sua despedida.
Mas, a missão especial do Sirius como navio hidrográfico, é atualizar as cartas náuticas, em viagens que podem durar meses. O navio é equipado para medir profundidade assim como as coordenadas geográficas, subsídios para produzir e atualizar as cartas náuticas que auxiliam a navegação de outros navios.
O Sirius também pode navegar pelas estrelas com auxílio do sextante, aparelho inventado em 1757 por um oficial da Marinha inglesa para medir a abertura angular de um astro com o horizonte terrestre. Com este recurso, é possível navegar sem o GPS. Vale lembrar, que sem a navegação astronômica, as Américas não teriam sido descobertas, assim como realizadas, as grandes navegações.
O Sirius se parece com uma cidade, tem enfermaria, barbearia, academia, cozinha e, é uma escola de amplo aprendizado para seus tripulantes.
O AquaRio inaugurado há dois anos no Rio de Janeiro, atrai adultos e crianças do Brasil e do exterior. São 26 mil m² de área construída e 4,5 milhões de litros d’água, é o maior Aquário Marinho da América do Sul. São 5 mil moradores de 350 espécies do Brasil e do mundo, divididos em 28 recintos. Além disso, tem atrações inéditas e a infraestrutura necessária para proporcionar diversão e educação a todos os públicos. No AquaRio, existe um tanque só com espécies típicas da ilha de Trindade e, do arquipélago de Martins Váz.
Assista o vídeo completo da expedição “Ilha da Trindade, um tesouro da natureza”, em https://rumar.org.br/videos/
Saiba mais sobre a ilha de Trindade e o Arquipélago de Martins Váz neste mesmo link (rolando para baixo), nos vídeos:
1- “Trindade a Primeira Fronteira” e;
2- “Trindade – Onde começa o Brasil”.
Referências:
1- https://www.aquariomarinhodorio.com.br/
2- https://www.marinha.mil.br/secirm/
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