Meteorologia e Oceanografia

Tsunami

Onda de tsunami chegando à costa japonesa no dia 11/03/2011 após terremoto de 9,1 de magnitude.

Do japonês tsu (porto) e nami (onda), o tsunami ou maremoto pode ser definido como uma série de grandes ondas oceânicas geradas a partir de determinados processos, tais como: tremores sísmicos ou terremotos no assoalho oceânico, atividades vulcânicas, deslizamento com grandes avalanches submarinas em áreas de talude ou até impacto de meteoritos. Se o terremoto ou deslizamento ocorrerem próximo à costa, a primeira série de ondas alcançará a praia em minutos, antes mesmo do alerta de tsunami ser emitido. No Brasil, a ocorrência de um tsunami é remota, pois as placas tectônicas sul-americana e africana tendem a se afastar uma da outra, não sendo capazes de gerar esse tipo de onda.

Para ser considerado um tsunami, a onda precisa ter entre 10 e 500 km de comprimento (distância entre duas cristas ou dois cavados consecutivos), tendo um período de formação relativamente lento, de alguns minutos ou até meia hora, em comparação ao período de até algumas dezenas de segundos das ondas marítimas “normais”. Assim, momentos antes de elevar-se e atingir a costa, devido ao grande comprimento de onda, o tsunami provoca um rebaixamento do nível do mar que recua significativamente, o que pode servir de aviso silencioso para a população procurar rapidamente área elevadas. Esta característica torna o tsunami muito diferente das outras ondas, mesmo as observadas durante tempestades.

A velocidade da onda de tsunami depende da profundidade do oceano. Essa onda pode se propagar tão rápido quanto um avião a jato (~965 km/h) sobre águas profundas, apenas reduzindo quando alcança águas rasas. Essa onda também possui pequena amplitude (altura) de alguns poucos centímetros em alto mar, sendo de difícil detecção por quem navega em águas profundas. Assim, alguém que esteja em um barco em alto mar, ou mesmo a algumas centenas de metros da costa, pode simplesmente não perceber a passagem de um tsunami. No entanto, ao se aproximar da costa, é quando o tsunami se torna perigoso. A onda diminui sua velocidade para 30-40 km/h, se comprime e cresce em altura, podendo atingir mais que 30 m de altura, invadindo violentamente a praia.

Nos melhores casos, o tsunami alcança a costa como uma maré alta, causando uma pequena inundação em áreas costeiras. Mas nos piores casos, uma muralha de água chega à costa com um grande poder destrutivo, varrendo quase tudo que se encontra em seu caminho, e às vezes expondo pedaços do fundo do mar. Este ciclo destrutivo pode se repetir à medida que outras ondas cheguem, causando destruição adicional.