Canoagem

A 4ª Expedição Anamauê em canoas havaianas, sairá de Arraial D´Ajuda (BA) com destino a Niterói (RJ).

Numa canoa havaiana adaptada para vela, remadores e velejadores de Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e Regência (ES) partem no dia de Natal de Arraial D’Ajuda na Bahia em expedição sem instrumentos eletrônicos, usando apenas carta náutica e bússola com destino a Niterói.

Douglas Moura (Crédito: Mahalo Produções)

Liderados pelo niteroiense Douglas Moura, experiente remador de 39 anos, e pelo capixaba Ranin Thomé, seis atletas remadores e velejadores partem numa canoa havaiana V6 adaptada com vela, para um desafio no Oceano Atlântico e pela costa do Brasil.

Eles integram a quarta edição da Expedição Anamauê que promete ser uma das mais longas navegações do Brasil neste tipo de barco, totalizando cerca de 650 milhas náuticas navegadas. Os velejadores e remadores vão partir de Arraial D´Ajuda, no sul da Bahia no dia de Natal, dia 25 de dezembro ou no dia 26, da base da Canoa Para o Povo – CPP em direção ao sul. A previsão é de 20 a 25 dias de viagem até Niterói (RJ), com chegada programada para a praia de Jurujuba na sede do Centro de Estudos do Mar – CEM onde está sendo feito todo o planejamento logístico da travessia.

A tripulação planeja velejar cerca de 30 a 35 milhas náuticas por dia. Dependendo do vento e condições do mar, correspondendo a cerca de quatro até seis horas por dia de navegação sem o auxílio de aparelhos eletrônicos ou GPS. Eles levarão alimentação e seus respectivos sacos de dormir na canoa. Os pernoites serão em bases ao longo do sul da Bahia, Espírito Santo e o estado do Rio de Janeiro. Levarão a bordo os alimentos necessários para cada trecho.

Tavo Calfat e Ranin (Crédito: Divulgação)

Douglas e o parceiro Tavo Calfat são de Niterói enquanto que Daniel Gnone do Rio de Janeiro. Ranin Thomé e Dyana Gualberto são de Regência (ES), mas tem base em Vitória (ES), assim como Bárbara Guimarães que nasceu em Sto. André (SP), mas se radicou na capital capixaba.

Barbara (Crédito: Divulgação)

Não é a primeira vez que Douglas comanda a Expedição Anamauê. No fim de 2017 e começo de 2018, ele e tripulação navegaram cerca de 10 dias de Niterói (RJ) a Santos (SP) numa canoa havaiana. Nos anos seguintes, a Anamauê realizou expedições de Santos (SP) para Ubatuba (SP) e de Ubatuba (SP) contornando a Ilhabela (SP), chegando em São Sebastião (SP).

Douglas Moura adiantou: “Ano passado me aproximei do Ranin Thomé e levantamos a possibilidade de fazer uma expedição juntos. Estreitamos a amizade durante a quarentena e decidimos organizar esta próxima edição. A primeira definição foi para onde ir. Inicialmente imaginamos partir de Vitória (ES) com chegada em Niterói (RJ). Ele tem base em Vitória (ES). Só que chegamos a conclusão que seria melhor velejar. Se não fôssemos remando, queríamos um local ainda mais distante, o maior que já fiz. Consideramos então onde tínhamos base e, surgiu a hipótese de Arraial D´Ajuda. Pensamos então: é uma loucura mas, decidimos mesmo assim, encarar esta loucura juntos. Começaram os planejamentos e em outubro batemos o martelo. Chamei o Tavo Calfat que entende muito de vela. Daniel Gnone é o nosso mascote, moleque mais jovem da expedição – chegou para somar e o Ranin escolheu a Bárbara que é instrutora e namorada dele e, a Daiana que tem um excelente currículo. Iremos velejando em nossa canoa havaiana adaptada, mas quando preciso também remaremos”.

“Nosso sonho, nosso objetivo é chegar em Jurujuba – Niterói. O bacana é navegar durante 20, 25 dias com o vento, será um grande aprendizado prático e reflexivo que só o mar pode proporcionar”.

Ranin Thomé (Crédito: Divulgação)

Tripulação:

Douglas Moura, natural de Niterói (RJ), mora em Jurujuba, tem 39 anos, fundador do Icarahy Canoa Clube, Niihau Aventuras Controladas e do Centro de Estudos do Mar. Capitão Amador, co-fundador do Anamauê e desbravador de diversas rotas de navegação de canoa havaiana e polinésia. Ele é atleta de Canoa Havaiana desde 2005. Em competição, disputou provas como a Rio VA`A, Santo Amaro, Vendee VA`A (maior da europa e 2ª maior do mundo, na França), Vancouver Island Challenge (Canadá); Lotus VA`A Challenge.

Douglas Moura (Crédito: Mahalo Produções)

Ranin Thomé, 31 anos, natural de Regência (ES), é oceanógrafo, instrutor e atleta de Va´A, do clube CPP Extreme. Apaixonado por canoa polinésia e com experiência em velejadas, construção de canoas e longas travessias.

Dayana Gualberto, de 33 anos, reside em Regência (ES) . Professora e instrutura de Va´A do CPP Extreme . Idealizadora do projeto social Cablocos para o Planeta, experiente em travessias de vela oceânica e canoa polinésia.

Tavo Calfat, natural de Niterói (RJ), 47 anos, desenhista industrial, velejador desde os sete anos e remador de canoa desde os 2007. Passou boa parte da vida em barcos à vela, já realizou travessias oceânicas e inúmeras travessias menores. Na canoa tem títulos na Volta de Ilhabela (SP) e Rei de Búzios (RJ) onde mora hoje em dia.

Daniel Gomez Gnone, 25 anos, natural do Rio de Janeiro. Engenheiro de Produção. Fundador do Granolas Mauka e remador do Calango Wa´A. Amante da natureza e do Va´A, cresceu em contato com o mar, desenvolve projetos de reciclagem de plástico para a produção de peças para navegação.

Barbara Guimarães, de 29 anos, nasceu em Sto. André (SP) mas, radicou-se em Vitória (ES): é oceanógrafa, instrutora e atleta de Va´A, do clube CPP Extreme. Apaixonada por canoa havaiana e com experiência de longas travessias.

Sobre a Canoa Havaiana

Crédito: https://inparadise.com.br/um-pouco-da-historia-da-canoa-polinesia/

Canoa Havaiana ou Polinésia, são nomes para determinar o esporte que surgiu na região polinésia e que originalmente é conhecido como Va´A, Wa´A ou Waka. A cultura da canoa existe há mais de 3 mil anos. Elas foram inicialmente usadas pelos povos polinésios para se locomoverem entre as ilhas do Pacífico que incluem Tahiti, Havaí e outras ilhas e arquipélagos da polinésia.

Os povos polinésios usavam canoas como meio de transporte entre as ilhas e cada povoado construía suas canoas com características semelhantes. No Havaí, que possui mar agitado, as canoas possuem curvatura de fundo mais envergada, e no Taiti, as canoas possuem formato mais alongado e cockpit fechado.

No Brasil a cultura e a prática do esporte da canoa havaiana ou polinésia vem aumentando ao longo dos anos assim como a prática de travessias, expedições e competições com a proliferação de clubes de canoas no litoral do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. Somente em Niterói (RJ) são 33 clubes de canoa com cerca de dois mil remadores. No Espírito Santo são 21 clubes e, cerca de 1.500 remadores.

Mais informações com Fabrizio Gallas pelo +55 21 994004061, ou <fabrizio@gallaspress.com.br>

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