Marinha

Navios-museu da Marinha preservam a história naval brasileira

Crédito: Marinha do Brasil

Adentrar o Navio Contratorpedeiro de Escolta (CTE) “Bauru”, atracado no Espaço Cultural da Marinha (ECM), no centro do Rio de Janeiro (RJ), é realizar uma imersão na história da Marinha do Brasil (MB). Responsáveis por preservar a memória de conflitos históricos, os navios-museu da Marinha representam a trajetória da Força Naval e homenageiam os que contribuíram para a defesa da soberania nacional. O espaço também reúne outros meios históricos, como submarino, helicóptero e carro de combate, que reforçam o legado da Marinha e sua contribuição para o País. 

Adquirido pelo Brasil junto aos Estados Unidos em 1944, o CTE “Bauru” atuou na Segunda Guerra Mundial. Entre suas missões estavam a caça a submarinos, escolta de comboios e apoio a serviços aéreos de evacuação de tropas aliadas da Europa. Atualmente, o navio preserva a memória desses episódios históricos e ocupa o posto de primeiro navio-museu da MB. 

Para o Primeiro-Sargento Robert Wagner Porto da Silva Castro, doutor em história, a preservação e a reconstrução de uma memória que valorize a importância do mar e da defesa dos interesses do Brasil por meio dele para o desenvolvimento nacional são fundamentais. Segundo ele, esse processo contribui para a ampliação e a consolidação de uma consciência marítima junto à sociedade brasileira.

A mentalidade marítima, conforme destaca o historiador, expressa a convicção de que o mar é essencial para a sobrevivência e o para o desenvolvimento do Brasil. Essa percepção estimula o uso consciente e sustentável dos recursos marinhos. Em um cenário em que cerca de 95% das exportações brasileiras ocorrem por via marítima, a preservação dos navios-museu contribui para fortalecer, junto à sociedade, a importância da Amazônia Azul e da Economia do Mar.


Foi em razão da extensão do litoral brasileiro que a Marinha se inseriu no contexto da Segunda Guerra Mundial. Com o Oceano Atlântico como um dos principais teatros de operações do conflito, a Força escoltou 3.164 navios, organizados em 575 comboios, percorrendo aproximadamente 600 mil milhas náuticas, distância equivalente a cerca de 30 voltas ao redor do planeta. 

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