A “classe mais legal” da modalidade, anteriormente conhecida como Bico de Proa, ganhou um novo nome e regras para garantir resultados mais justos na raia de Ilhabela (SP).
Estamos falando da RGS-Cruiser, uma iniciativa da ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, em colaboração com a comunidade náutica. A entidade estabeleceu diretrizes para aumentar a competitividade e a equidade nas competições de oceano pelo país. A categoria já foi disputada em eventos como o Ubatuba Sailing Festival, Copa Mitsubishi e regatas em Santos (SP).
De 20 a 27 de julho, durante a Semana Internacional de Vela de Ilhabela no Yacht Club de Ilhabela (YCI), a RGS-Cruiser trará muita diversão na água e envolverá um número crescente de velejadores.
“A classe é a mais legal porque é descontraída, despretensiosa e de baixo custo. Não é necessário ter vela de material exótico ou grandes equipamentos. Muitas vezes, as tripulações incluem família, crianças e até avós”, explicou Cuca Sodré, organizador técnico da SIVI.
“É uma grande confraternização no YCI, com uma enorme disputa ao mesmo tempo. A RGS-Cruiser está aí para ajudar”.
A ideia de Cuca Sodré e dos organizadores da RGS-Cruiser é manter a simplicidade a bordo. “A pessoa não precisa fazer nada, é só chegar com o barco que já tem o certificado agregado. Existe uma lista de todos os TMFs agregados no site da RGS”.
De acordo com a nota técnica publicada pelo comodoro da ABVO, Bayard Neto, apenas barcos de cruzeiro passíveis de medição na classe BRA-RGS serão admitidos na RGS-Cruiser. Antes, a Bico de Proa não tinha medição do veleiro, o que não garantia justiça nas competições.
Além disso, embarcações que emitiram certificados nos últimos três anos em qualquer regra de classificação, como ORC, IRC, VPRS, BRA-RGS ou outras, não serão admitidas na categoria.
“Na vela de oceano, temos barcos de tamanhos e velas muito diferentes. Para que a competição fosse justa, foram criadas as regras de rating, um coeficiente calculado com base numa equação matemática de medição de cada barco”, explicou Bayard Neto. “Na antiga Bico de Proa, que não tinha nenhum rating, um barco pequeno jamais teria condições de competir com um barco grande com justiça”. A medida foi aprovada pelo Conselho Técnico em reunião realizada em 9 de abril de 2024.
Nota oficial na íntegra — https://abvo.org.br/nota-tecnica-rgs-cruiser/
Vencedores da SIVI 2023 na BDP RGS Cruiser
Bico de Proa A
1º – Blue Wind – 7 pontos
2º – Invocado – 7 pontos
3º – Inaê 50 – 26 pontos
Bico de Proa B
1º – Odoya – 7 pontos
2º – Sirocco – 10 pontos
3º – Tuchaua – 11 pontos
Bico de Proa C
1º – Cambada I – 5 pontos
2º – Helios II – 14 pontos
3º – Almadia – 14 pontos
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