Por Gabriel Pierin
A história dos irmãos Oliveira começou há 27 anos. Sylvio “Tico” e Adriano “Teco” começaram consertando pranchas no quarto de empregada da casa da avó, em Santos. O ano era 1994 e o quartinho acabou virando uma oficina de remendos. O trabalho cresceu, se profissionalizou, e os irmãos passaram também a produzir pranchas. Nascia a Silver Surf Surfboards. Hoje eles comandam quatro fábricas e vendem de 80 a 100 pranchas por mês. O intercâmbio foi fundamental para aprender com os melhores do mundo e a Califórnia entrou no circuito dos negócios.
Na terceira viagem para a Costa Oeste norte-americana, em 2002, a dupla conheceu e trabalhou com Timy Patterson, da T.Patterson Surfboards. Tempos depois fizerama proposta para representar a marca e fabricar as pranchas no Brasil, tornando-se a primeira licença da marca no mundo. A experiência foi promissora.Hoje, a T.Patterson está presente emseis países.
A pandemia não atrapalhou os negócios. Com a restrição aos esportes de grupo, o surfe se fortaleceu e as vendas online trouxeram um incremento de 25% nas vendas. Mas esse não é o segredo do sucesso. Uma estratégia da empresa sempre foi o patrocínio aos atletas e há seis anos conseguiram colocar seu primeiro surfista no Circuito Mundial. A relação com Ítalo Ferreira, começou em Com Ítalo, a T.Patterson, por meio da Silver Surf, tornou-se a patrocinadora de pranchas oficial do atual campeãomundial. Um orgulho para os santistas e brasileiros.
O sonho das Olimpíadas para a marca tornou-se real. Nos dias que antecederam a viagem de Ítalo, a Silver Surf
testou algumas das 10 pranchas que ele levou ao Japão na piscina de ondas no interior do estado. Os equipamentosestavamperfeitos.Ocampeãomundial está indo com o modelo Synthetic em alguns tamanhos e também o modelo IF15 idealizado para ele, em vários tamanhos para qualquer tipo e tamanho de onda no Japão. Com a
regra 40 da Carta Olímpica, o atleta estará associado apenas ao país que representa. Sem estampa de patrocínios, apenas a marca e o modelo da prancha estarão em destaque.
A equipe está em plena forma física e psicológica. Até o fechamento dessa edição, três atletas brasileiros tinham passado pelas duas primeiras baterias (Ítalo Ferreira, Gabriel Medina e Silvana Lima). Enfrentando um mar em condições adversas, na madrugada de segunda-feira mais um passo foi dado rumo ao título. Hoje, quando você estiver lendo essa matéria, o surfe já terá definido seus campeões, os primeiros olímpicos da história.
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