A equipe de Nacra 17 Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino realizou nesta sexta- feira (26) o desafio Volta à Ilha de Florianópolis de Nacra 17. Os velejadores contornaram a ilha da Capital catarinense velejando, estabelecendo a marca de 6h38min08s para o barco olímpico. Para a dupla, a intenção com o desafio, que também serviu como treino intensivo, foi colocar à prova superação, resistência e persistência, valores presentes no esporte olímpico, além de mostrar o trabalho da dupla mista, reforçando a igualdade de gênero, maior característica da classe Nacra 17.
Após uma largada com céu nublado pela manhã às 10h17min, o desafio foi concluído com sucesso no fim da tarde da sexta às 16h55 debaixo de muita chuva no píer da sede de Jurerê do Iate Clube de Santa Catarina, mesmo ponto de largada, ao norte da ilha.
“Enfrentamos muita onda e vento já na saída. Depois foram quase 5h de contravento, chegando a 25 nós (46km/h) em alguns momentos. Quando contornamos a ponta sul, foi uma alegria” brinca a proeira Gabi.
A ação foi registrada no perfil da dupla no Instagram https://www.instagram.com/albrecht_nicolino_sailing, acompanhada por uma grande torcida dos seguidores. Para criar o desafio, a dupla se inspirou em uma tradição náutica da vela brasileira e catarinense, a Regata Volta à Ilha de SC, realizada há mais de 50 anos, onde o recordista, o barco Itajaí Sailing Team, da classe Oceano, completou o trajeto em 7h43min46s em 2018. Como os barcos são de classes diferentes, foi estabelecida uma marca para o barco olímpico no desafio, abaixo das 7h previstas pela equipe.
A distância média cumprida em um treino normal da dupla é de 25 milhas (40 km) e no desafio a dupla velejou 83,85 milhas (134,9 km). Durante o trajeto, a dupla optou não parar para comer ou descansar. Para repor as energias, foram se hidratando e consumindo suplementos e barras de cereal sem sair do trapézio (cabo de sustentação que prende os velejadores ao barco). O técnico da equipe Paulo Roberto Ribeiro, acompanhou os velejadores, em um bote.
“Foi um bom treino, não paramos para descansar ou comer. Se o vento fosse mais de sudeste, a gente teria feito um tempo melhor, talvez desse para fazer um bordo direto, mas o vento vinha de sul, o que dificultou bastante. Foi uma boa velejada, vencemos o desafio e vimos que resistimos bem além do que a gente imagina. O barco também aguentou bem, ele é muito forte” comemorou o timoneiro Samuca.
A dupla, que representa o país nos jogos de Tóquio em julho, finaliza o segundo período de treinos deste mês em solo catarinense neste final de semana.
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