O Brasil fez a festa no Campeonato Sul-Americano da Classe Optmist 2022. O catarinense Arthur Back conquistou o título geral da competição, enquanto a carioca Joana Freitas foi vice no geral e campeã feminina. Eles são primos e integram a equipe do Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), local do evento, que reuniu 165 velejadores de 14 países. Na terceira posição ficou mais um brasileiro, Breno Ramos, do Iate Clube de Brasília. O americano Wylder Smith foi o quarto colocado, seguido do brasileiro Eduardo Backheuser, também do ICRJ. O argentino e campeão sul-americano de 2021, Franco Sanchez, terminou na sexta posição.
Atual campeão brasileiro, o catarinense Arthur Back, de 12 anos, mostrou regularidade e equilíbrio emocional durante as dez regatas. Soube reconhecer o erro no penúltimo dia de competição e nas últimas duas regatas desta sexta-feira teve tranquilidade para buscar a vitória.
“É uma emoção muito grande, sempre foi um sonho ser campeão sul-americano. Estou muito feliz de chegar até aqui, porque foi uma caminhada muito difícil. Ser campeão brasileiro e sul-americano significa que valeu a pena todo meu esforço. Agora é tentar repetir isso mais vezes e buscar uma vaga para o Mundial 2023”, comentou Arthur.
E quem também está brilhando na temporada 2022 é Joana Freitas, de 13 anos. A carioca é a atual vice-campeã sul-americana e brasileira no geral, campeã sul-americana e brasileira feminina e foi bronze no Mundial da Turquia no feminino. Jojo, como é carinhosamente chamada, estava radiante com essa conquista em casa.
“É sempre muito bom representar o meu país, o Iate Clube do Rio de Janeiro e as meninas, é claro. Essas conquistas valorizam todo o meu esforço e treinamento. O Sul-Americano foi uma competição difícil e acirrada. Na penúltima regata estava em quarto lugar, mas consegui manter a calma e fazer o meu melhor na última regata. Agora é pensar em treinar mais e brigar por mais títulos”, declarou a melhor velejadora entre as 57 meninas da competição.
Terceiro colocado na classificação geral, Breno Ramos, do Iate Clube de Brasília, teve como melhores resultados na competição um primeiro lugar na oitava regata, segundo na primeira e terceiro na penúltima.
“Foi um campeonato muito equilibrado. Na última regata tive uma largada difícil porque não consegui me posicionar bem. Mas estou feliz com o resultado e a primeira medalha no Campeonato Sul-Americano”, disse o velejador, de 12 anos.
Para o diretor executivo do Sul-Americano, Ricardo Baggio, realizar essa competição depois de 22 anos (a última foi em 2000) teve um significado especial principalmente porque a Classe Optimist comemora 50 anos no Brasil.
“Foi um grande desafio organizar essa competição, mas conseguimos atender perfeitamente a expectativa, não só nossa como organização, mas dos participantes. Todos ficaram satisfeitos com o atendimento e a estrutura. Isso é muito satisfatório. Para coroar o trabalho, o Brasil ainda conseguiu o título geral e feminino, com dois atletas do Iate Clube do Rio de Janeiro”, ressaltou.
Classificação final
1º- Arthur Back (Brasil) – 58 pontos perdidos; 2º- Joana Freitas (Brasil) – 70pp; 3º- Breno Ramos (Brasil) – 75pp; 4º- Wylder Smith (EUA) – 81pp; 5º- Eduardo Bachheuser (Brasil) – 87pp; 6º- Franco Sanches (Argentina) – 88pp; 7º- Henrique Sasaki (Brasil) – 89pp; 8º- Uthar Veiga (Brasil) – 93pp; 9º- Zion Brandão (Brasil) – 94pp; 10º- Finnegan Grainger (EUA) – 96pp.
O Campeonato Sul-Americano da Classe Optimist 2022 é uma realização do Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), com coordenação técnica da International Optimist Dinghy Association (IODA) e apoio da Associação Brasileira da Classe Optimist (OptiBRA) e da Confederação Brasileira de Vela (CBVela).
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