ESPORTE Vela

Star Class: ‘Honoring the Past, Heading to the Future’

Por Lars Grael, ex-presidente da ISCYRA

  • A temporada 2023 do 7º Distrito da classe Star chega ao fim com a classe revigorada e orgulhosa.
  • ⁠O Campeonato Mundial realizado em Scarlino na Itália recebeu 96 barcos de 19 países. Qual classe centenária, seria capaz de repetir tamanho vigor ?
  • ⁠Presidente da ISCYRA é um dos mais renomados velejadores da história, o norte-americano Paul Cayard.
  • ⁠A centenária Classe Star resistiu a 2 Guerras Mundiais e 2 exclusões do programa olímpico. Promove anualmente o Campeonato Mundial (Gold Star) e 5 campeonatos continentais (Silver Star). Ostenta ainda eventos invejáveis e (ou) tradicionais como a Bacardi Cup e a Vintage Gold Cup.
  • ⁠No Brasil, os números falam por si, e contrariam as opiniões dos céticos. Na temporada 2023, 47 (9 internacionais) timoneiros diferentes competiram em 40 Stars diferentes (3 eram da Argentina 🇦🇷). Obs.: os números não incluem eventos do calendário da FEVESP que não disponho.
  • ⁠Quantidade: das classes de monotipos de quilha, qual a que mais apresentou barcos na raia num mesmo evento em 2023? J 70’= 10; Soling= 10; J 24’= 13; Ranger 22’= 14; HPE 25’= 21. STAR 🌟 = 23 barcos no Sul-Americano no ICRJ (8 internacionais da 🇦🇷 e 🇳🇱). Temos que agradecer os patrocinadores IMPÉRIO e LYRA.
  • ⁠17 barcos no impecável Campeonato Brasileiro no Clube de Campo na Guarapiranga/SP.
  • ⁠18 barcos na mais antiga Regata da vela brasileira, a Darke de Mattos.
  • ⁠”Classe de Velhos”: a longevidade é característica no esporte mundial, dado ao aumento da expectativa de vida. Essa tendência pode ser detectada em toda e qualquer classe de barcos de quilha, sem exceção. Dentre nossos 47 timoneiros que competiram em 2023, 23 são abaixo de Master (50 anos), e, 8 abaixo dos 35 anos. Temos orgulho e admiração dos nossos octagenários Dino Pascolato, Augusto Barroso e Reinaldo Conrad. Destes 47 timoneiros, 16 são possuidores de títulos internacionais, medalhas Pan-Americanas ou olimpícas.
  • ⁠”Flotilha não se renova”. Os Stars se diferenciam das demais classes convencionais, porque os barcos são feitos de resina epóxi o que aumenta MUITO a durabilidade dos barcos. Temos com orgulho dois lindos barcos de madeira ativos em regata, sendo o mais antigo de 1957. Temos barcos bem modernos, sobretudo com nossos times mais ativos nas regatas internacionais. Diferentemente de muitas outras classes de monotipos de quilhas aonde os barcos são fabricados teoricamente iguais em regime de monopólio de fornecimento, a classe Star sempre se manteve livre para criar e desenvolver. Somente assim, uma classe é capaz de sobreviver por mais de 110 anos. 4 estaleiros diferentes produzem Stars, atraindo alguns dos mais renomados projetistas como Juan K e Felci. A boa notícia, é que a produção de Stars está próxima de começar na vizinha Argentina 🇦🇷, o que permitirá renovar parte de nossa flotilha.
  • ⁠PROEIROS: Diferencial do Star, é que é uma das poucas classes de barcos de quilha aonde se precisa escorar de verdade. Proeiros são em média mais jovens, mais pesados e muitas vezes mais atléticos. Notar a cultura (escora num barco de quilha) do Star na SSL Gold Cup. Temos um proeiro (proprietário) que é nosso Secretário Nacional do 7º Distrito e temos que agradecer muito a liderança e dedicação do Arthur (Tutu) Lopes. Outros proeiros brasileiros brilharam nas conquistas de importantes campeonatos, com destaque às temporadas de Pedro Trouche (Bolder), Bruno Prada e Mauricio Bueno. Samuel Gonçalves também colheu bons resultados.
  • ⁠SOCIAL: Destaque da classe Star, nossos eventos sociais são diferentes. Inesquecível o jantar de gala (blaser e gravata 👔) em 02/12. A presença de ícones como Peter Siemsem; Harry Adler e Gastão Brun por exemplo, marcou o evento do ano. É assim no Mundial, na Bacardi e continuará sendo no 7º Distrito.
  • ⁠Muitos dos nossos velejadores de Star, velejam em outras classes, e, o respeito e camaradagem precisam sempre ser incentivados. Tem espaço para todas as classes.
  • ⁠Gostaríamos de poder reativar a Flotilha Paranoá e fortalecer o intercâmbio com nossos irmãos argentinos. Samuel trabalha brilhantemente para que mais equipes estrangeiras venham para o Rio para a Taça Royal Thames e outro campeonato importante na sequência.
  • ⁠Obrigado ao ICRJ; CCSP; YCP; YCSA.

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