Walter Böddener nunca disputou uma Olimpíada como velejador e nem uma grande competição internacional, mas se desenvolveu como grande nome da Vela brasileira como treinador, levando Torben Grael e Marcelo Ferreira ao Ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004 além de ter trabalhado em Olimpíadas com Robert Scheidt onde foi Prata em Pequim 2008 e na equipe nacional de vela em grandes competições.
Aos 53 anos de idade, ele hoje é Gerente de Eventos da CBVela e acompanha de perto a 48ª edição da Semana de Vela de Ilhabela como um dos cinco convidados da entidade.Está gostando da notícia? Fique por dentro das principais notícias de EsportesAtivar notificaçõeshttps://fd8d89d8ffdbaab2e79a44e021c860c8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Bôddener destacou a importância da competição para o esporte no país e da Vela de Oceano na formação dos jovens talentos. Ele acrescentou que velejadores Olímpicos de sucesso usam os barcos grandes para se tornarem cada vez mais completos. E ainda comentou a diretriz da ABVO pela unificação da regra ORC para p Brasil. A regra é única reconhecida de Oceano pela World Sailing.
“A Vela Oceânica no Brasil faz parte da formação do velejador a Vela de Oceano pro adolescente, a criança trabalhar o senso de equipe, regulagem de barco , aprender com os mais experientes, velejadores que estão há mais tempo na água , é uma oportunidade importante na formação para o velejador em geral mesmo o especialista como Martine Grael e Kahena Kunze, Marco Grael , Samuel Albrecht é um excelente velejador de Oceano. Faz parte da formação do velejador de Oceano . Faz parte da formação de um velejador completo e nós temos uma tradição muito grande na classe Oceano”, disse:
Na Semana de Vela a organização realizou a Regata do Amanhã na segunda-feira trazendo cerca de 40 crianças e adolescentes de quatro Escolas de Vela de Paraty (RJ), Ilhabela (SP), São Sebasião (SP) e Praia Grande (SP) para vivenciarem uma regata com os grandes nomes da Vela de Oceano e formação de nossos jovens nomes: “A entrada na Vela é muito hoje no Brasil na classe Optmist, muito também no Kite ou na prancha. Na minha época de jovem geralmente velejamos muito de Oceano, entravamos onde tinha lugar paralelo ao Optmist, ao Pinguim, buscando um lugarzinho nem que fosse na proa para aprender com os mais experientes . Acho que é importantíssimo na formação do velejador, trabalho de equipe, assumir posições que parecem não ser tão importantes , mas que são decisivas para a performance de um barco. Um proeiro é tão importante como um timoneiro como o trimmer do grande, do balão. Esse espírito de equipe, de coletividade , acaba motivando os velejadores que não tenham sucesso na Optmist, mas não quer dizer que não virem grandes velejadores, pelo contrário podem ser grandes trimmers, de mastro, podem ser estudiosos e ótimos proeiros. O timoneiro sem o proeiro não vai a lugar nenhum. Classe Oceano é excelente para a coletividade, motivação e formação”.
Recentemente, Alex Kuhl, que nasceu de Escola de Vela de Ilhabela Lars Grael, fez história ao ser o primeiro brasileiro campeão Mundial de Optmist e Böddener destacou a boa fase dos brasileiros entre os jovens: “A Vela Jovem está passando por uma excelente fase , temos o Alex Kuhl com um título inédito Mundial. Nesse momento está ocorrendo o Brasileiro de 420 com 34 duplas , fato inédito esse número de barcos e bem acima do segundo maior número que foram 24 ou 26. Excelente o trabalho. A classe 29Er, excelente classe formadora e eventos com cada vez mais barcos. A prancha à Vela, nova IQFoil também com safra nova de velejadores e o kite que é a grande novidade com muitos talentos, principalmente no Norte e Nordeste como Maranhão, Fortaleza, Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo. Vivemos uma grande fase com o Optimist voltando a crescer. O importante é colocar um foco na transição do Optmist para a Vela Jovem e também oportunizar eventos como esse para os jovens virem participar. Estamos estudando opções oportunizar velejadas na classe HPE25, é um barco interessante para a formação de jovens velejadores”.
Böddener ressaltou a parceria recente com a ABVO que começou durante o início da pandemia com a realização de diversas lives em prol do esporte no país: “Ela foi iniciada ano passado com a oportunidade que surgiu com a realização pelas Lives que fizemos no início da pandemia com Torben Grael, Lars Grael, o próprio Mario Martinez e grandes nomes da Vela Oceânica falando da história da Santos-Rio que deram muita repercussão e com isso a classe se aproximou bastante da CBVela. Fizemos contatos, o Mário com o presidente da CBVela o Marco Aurélio e acredito que nossa vinda para a Semana de Vela de Ilhabela e temos interesse de ir a outros eventos como a Refeno, Ubatuba, Circuito Rio, acho que os frutos serão para ambos, primeiro para estimular a Vela Oceânica e em segundo para a CBVela estar presente nesses eventos muito importantes”.
A CBVela também apoia a decisão deste ano da ABVO em unificar a classe ORC como principal da Vela de Oceano do país: “É uma questão da classe oceano, sabemos que existem outras medições que correm inclusive aqui em Ilhabela e existem outros ratings pelo Brasil como em Brasília, Angra dos Reis. Sendo bom para a ABVO (essa unificação), ela terá total apoio da CBVela. Temos aqui 18 barcos em Ilhabela da ORC, temos também 18 Bicos de Proa, e bastante da RGS. Essa sempre foi a realidade da Vela de Oceano com diferentes sistemas de medição e se a ABVO entende que a ORC é o melhor sistema para o Brasil, a CBVela apoia”.
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