A CBVela – Confederação Brasileira de Vela anunciou, nesta quinta-feira (2), os convocados da modalidade para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que serão realizados na raia de Marselha. Serão cinco mulheres e sete homens nas disputas de 28 de julho a 8 de agosto. A confirmação foi feita em uma live da CBVela liderada pelo presidente Marco Aurélio de Sá Ribeiro.
As bicampeãs olímpicas de 49erFX na Rio 2016 e Tóquio 2020 Martine Grael e Kahena Kunze comandam a Equipe Brasileira de Vela ao lado da medalhista Isabel Swan – bronze em Pequim 2008 -, que formará dupla com Henrique Haddad na 470 mista.
Com 44 anos, Bruno Fontes (ILCA 7) é o mais experiente da equipe, assim como Marco Grael, que terá o jovem companheiro Gabriel Simões na 49er. Mesclando experiência com juventude, o Time Brasil na vela terá os estreantes Bruno Lobo (Fórmula Kite), Mateus Isaac (IQFoil), Gabriella Kidd (ILCA 6) e a dupla João Bulhões e Marina Arndt (NACRA 17 misto).
”Temos uma equipe que mistura experiência e juventude para manter a tradição da vela em Jogos Olímpicos. Além dos atletas, a equipe multidisciplinar em Marselha será de ponta, tudo com apoio logístico do COB. Vamos buscar medalhas”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro.
Serão ao todo dez categorias em Paris 2024, com mudanças em relação a Tóquio 2020. A 470 passa a ser mista e a Finn não faz mais parte do programa olímpico, dando lugar ao Fórmula Kite. A equipe de prancha a vela foi trocado, saindo o RS:X e entrando o IQFoil.
A Equipe Brasileira de Vela terá como chefe da delegação Walter Böddener, além do head coach, o bicampeão olímpico Torben Grael, e o diretor-técnico, que será Cláudio Biekarck, multi medalhista pan-americano.
Os técnicos serão Martha Rocha, Gilberto Conde, Bruno Prada, Ricardo Paranhos e Henry Boening. A CBVela incluiu o especialista em regras – rules advisor, Ricardo Lobato. O barqueiro será Gerald Alvado. A fisioterapeuta é Tânia Sampaio.
O COB incluirá um representante da área de esportes, um médico e um massoterapeuta. A delegação completa embarca dia 19 de julho para Marselha.
”A força da equipe começa com nada mais, nada menos, do que com Torben Grael, como o head coach, cinco medalhas olímpicas, e com três seguidas como treinador. É uma pessoa que sempre viveu na vela, sabe tudo, tem muito conhecimento, muita experiência e pode passar isso tudo para os atletas”, destacou o chefe de delegação, Walter Böddener.
”Depois temos os nossos cinco técnicos, começando por Martha Rocha, técnica campeã pan-americana, muito tempo também nessa função. Bruno Prada, medalhista olímpico, um dos maiores do Brasil. Vencedor da classe Star, que também vai poder colocar toda a sua experiência”, contou Walter Böddener.
O Brasil na vela tem a maior delegação da América Latina em Paris 2024. Após a Last Chance Regatta, em Hyères, na França, os últimos países confirmaram suas vagas para a disputa na raia de Marselha.
Por isso, o país terá cinco botes na raia à disposição, nova regra da World Sailing. Serão contêineres uma oficina para reparo e um lounge para a reunião, fisioterapia e área médica com apoio do COB – Comitê Olímpico Brasileiro.
A vela é uma das modalidades que mais trouxe medalhas ao Brasil na história das Olimpíadas. O país conquistou 19 medalhas, sendo oito de ouro.
Parte dos atletas participam de eventos internacionais apoiados pelo termo de fomento à vela olímpica com parceria da CBVela. O objetivo é a preparação da Equipe Olímpica Principal de Vela e participação nos campeonatos internacionais. O número do convênio é 930972/2022.
Raia de Marselha
Localizado na orla da cidade, a apenas cinco quilômetros do Porto Velho, a sede das regatas em Marselha receberá 330 velejadores em dez classes diferentes de 28 de julho a 8 de agosto de 2024.
Marselha é cercada pelas montanhas de Marseilleveyre, o arquipélago de Frioul e alguns arranha-céus. O clima quente influencia nas condições do vento, que estão sempre em evolução.
Na região sopra o vento chamado de Mistral, que transporta ar de alta densidade de uma elevação descendo a encosta devido à ação da gravidade. Tem esse nome derivado da palavra grega “katabatikos”, que significa descendo colinas. É tecnicamente conhecido como drainage wind.
Monumentos históricos como a Basílica Notre-Dame de la Garde, o estádio Velodrome (também palco de jogos do torneio Olímpico de futebol), o Parque Nacional dos Calanques e muito mais fazem parte da cidade.
Convocados
Fórmula Kite
Bruno Lobo
IQFoil
Mateus Isaac
49er FX
Martine Grael e Kahena Kunze
49er
Marco Grael e Gabriel Simões
470 misto
Isabel Swan e Henrique Haddad
NACRA 17 misto
João Bulhões e Marina Arndt
ILCA 7
Bruno Fontes
ILCA 6
Gabriella Kidd
Medalhas olímpicas brasileiras
Ouro
Moscou 1980: Eduardo Penido e Marcos Soares (470)
Moscou 1980: Alexandre Welter e Lars Björkström (Tornado)
Atlanta 1996: Robert Scheidt (Laser)
Atlanta 1996: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Atenas 2004: Robert Scheidt (Laser)
Atenas 2004: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Rio 2016: Martine Grael e Kahena Kunze (49er)
Tóquio 2020: Martine Grael e Kahena Kunze (49er)
Prata
Los Angeles 1984: Torben Grael, Daniel Adler e Ronaldo Senfft (Soling)
Sydney 2000: Robert Scheidt (Laser)
Pequim 2008: Bruno Prada e Robert Scheidt (Laser)
Bronze
Cidade do México 1968: Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)
Montreal 1976: Peter Ficker e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)
Seul 1988: Torben Grael e Nelson Falcão (Star)
Seul 1988: Clínio Freitas e Lars Grael (Tornado)
Atlanta 1996: Kiko Pelicano e Lars Grael (Tornado)
Sydney 2000: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Pequim 2008: Fernanda Oliveira e Isabel Swan (470)
Londres 2012: Bruno Prada e Robert Scheidt (Star)
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