Amazônia Azul

Centro de pesquisas será inaugurado em Fernando de Noronha em 2018

As ilhas de Fernando de Noronha estão sempre lotadas de pessoas que desfrutam de suas praias ou obtêm seu ganha pão utilizando a admiração que elas despertam. Banhistas, mergulhadores, donos e funcionários de pousadas e restaurantes, comerciantes.

Agora os cientistas vão se juntar a esse grupo e criar raízes no arquipélago pertencente ao Estado de Pernambuco.

Fernando de Noronha ganhará uma estação científica, cuja inauguração está prevista para 2018. Entre os centros de pesquisa oferecidos pela Marinha nas ilhas do Atlântico, esse será o maior. Ele terá capacidade para acolher até 16 cientistas ao mesmo tempo.

As outras estruturas voltadas às pesquisas científicas na “Amazônia Azul”, isto é, área oceânica correspondente à Zona Econômica Exclusiva do Brasil, ficam na ilha de Trindade, que recebe até oito cientistas, e no arquipélago de São Pedro e São Paulo, com quatro, no máximo.

Do mesmo jeito que essas duas, o novo centro de pesquisas será construído pela iniciativa da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), grupo cuja chefia encontra-se a cargo da administração da Marinha.

O plano ganhou forma em 2013, no momento em que representantes da CIRM convidaram o Escritório Modelo do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio para a elaboração do projeto.

A colaboração entre as duas instituições aconteceu depois da faculdade conquistar a menção honrosa no concurso promovido pela Marinha para determinar o projeto arquitetônico da estação científica brasileira na Antártida. A vencedora do concurso foi a empresa Estudio 41, de Curitiba.

O escritório da PUC, desenvolvido para projetos culturais, sociais e acadêmicos, é constituído por professores e alunos, sob a chefia da arquiteta Vera Hazan. A colaboração entre a CIRM e a faculdade não envolve remuneração.

O projeto desenvolvido pela PUC-Rio está na reta final, sendo analisado pela Marinha e outros afiliados da agremiação acadêmica. Ainda não há um custo estimado para a construção do centro.

Segundo o capitão-de-corveta Marco Antonio Carvalho de Souza, coordenador do programa Proarquipélago, relacionado ao CIRM, a Marinha está em contato com companhias para que sejam feitas doações de materiais de construção.

Carvalho de Souza acredita que o custo anual de manutenção será de R$ 700 mil. Um custo reduzido, se comparado ao da base de São Pedro e São Paulo, no qual a Marinha gasta por volta de R$ 2 milhões anuais, dos quais R$ 1,5 milhão destina-se somente ao transporte, que é realizado exclusivamente por navios e barcos.

No caso de Noronha, o principal meio de transporte será aéreo.

O centro de pesquisas será construído a cerca de 300 m de distância do porto mais importante do arquipélago. Ao fundo do terreno, se situa uma colina sobra a qual está a capela de São Pedro. Para não abalar a vista da igreja, a construção em madeira terá 7 m de altura no máximo.

A estação científica ocupará uma área de 1380 m², sendo um tanto maior que um campo de futebol.

CNPQ

Os cientistas interessados em pesquisar no arquipélago deverão recorrer ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que publicará um edital com a listagem dos requisitos exigidos.

O modelo será o mesmo que é empregado pelo órgão do governo federal para as pessoas que desejam realizar pesquisas em São Pedro e São Paulo e em Trindade.

Entre os inscritos nos centros já existentes, os biólogos predominam, porém profissionais de outras áreas podem se inscrever também.

Conheça a estação científica

Centro de pesquisas será inaugurado em Fernando de Noronha em 2018 Centro de pesquisas será inaugurado em Fernando de Noronha em 2018

A inauguração do espaço, desenvolvido em parceria da Marinha com a PUC-RIO, é prevista para 2018.

O centro de pesquisas será utilizado por 16 pesquisadores a princípio.

A estação científica terá

  • 3 laboratórios
  • 3 quartos
  • 2 auditórios
  • 2 espaços de banquete
  • 2 vestiários
  • Seção de afundamento
  • Espaço de exposições

Recursos sustentáveis

  • Absorção de energia a partir de painéis solares
  • Absorção de água pluvial
  • Reutilização da água de esgoto
  • Utilização de luminosidade natural

Transporte dos módulos de construção

3

Navio de carregamento saindo do porto de Natal às proximidades de Fernando de Noronha.

4

Bote saindo das proximidades do arquipélago até o porto da ilha.

Centro de pesquisas será inaugurado em Fernando de Noronha em 2018

Caminhão para transporte terrestre dentro da ilha.

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