ESPORTE Vela

Henry Boening, uma figura estratégica para a Seleção Brasileira na SSL Gold Cup

Crédito: SSL Gold Cup

O gaúcho Henry Raul Boening, de 39 anos, é um dos nomes mais experientes da Seleção Brasileira de vela que disputará a primeira edição da SSL Gold Cup, a Copa do Mundo de Nações. O qualificatório começa no dia 17 de maio, mas o Brasil entra diretamente nas oitavas de final, entre os dias 8 e 11 de novembro, por ter se classificado entre os 25 melhores no ranking da Star Sailors League (SSL). “O evento será fantástico. Não tenho dúvidas disso. Nosso time é muito bom, mas terá adversários muito fortes e será uma competição difícil, pois este tipo de eliminatória não te permite cometer erros”, analisou Henry, conhecido como Maguila.  Natural de Porto Alegre, o velejador começou no esporte por incentivo do então diretor da escola de vela Barra Limpa, Xico Freitas. Na carreira, ganhou destaque na classe Star, pela qual se sagrou campeão europeu em 2019, em Riva del Garda, na Itália, e faturou o bronze nas Finais da SSL de 2016, em Nassau, nas Bahamas, sempre ao lado da lenda Robert Scheidt. Assim como no futebol, as equipes da SSL Gold Cup terão 11 atletas (10 tripulantes e um capitão) por país, e a disputa é mista, ou seja, cada barco reúne homens e mulheres. O formato eliminatório, sem a medal race, busca tornar a disputa ainda mais emocionante para o público. Henry dividirá a embarcação com nomes destacados da vela mundial, como os bicampeões olímpicos Robert Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze. Com 120kg, ele tem uma função estratégica no barco, a de Grinder.  “É basicamente fazer as coisas funcionarem. A parte da força da vela. O coffe Grinder funciona para a utilização das catracas do barco, que são as peças que aliviam o peso dos cabos que caçam as velas e adriças. Meu trabalho é constante e em equipe, principalmente junto com o Pit (Juninho), os trimmers (Gabriel e Kahena) e com o trimmer da mestra (Bochecha)”, descreveu Henry.  “Nas manobras mais difíceis, tenho o auxílio do Joca. Já nas manobras que exigem mais força e tempo de execução,como a Jibes (viradas em rodas), se você for um bom velejador, você consegue se antecipar e economizar energia, o que pode fazer falta no final da regata. Fora isso, como sou o mais pesado da tripulação, é importante estar sempre no local certo com o peso para ajudar o barco”, completou o gaúcho.  A SSL Gold Cup reunirá ao todo 56 países. As regatas serão disputadas no Lago de Neuchâtel, em Grandson, na Suíça. No ano passado, aconteceu o primeiro evento-teste, em que o Brasil terminou em segundo lugar, atrás somente da Croácia. A Hungria completou o pódio.  A Star Sailors League (SSL) é uma organização formada por atletas e ex-atletas, como o intuito de promover competições em que as estrelas são os velejadores e não os barcos.  O SSL Team Brazil no evento-teste

1 – Alfredo Rovere – proa

2 – Martine Grael – estratégia & grinder

3 – Henry Boening ‘Maguila’ – Grinder

4 – Kahena Kunze – segundo trimmer e grinder

6 – Juninho de Jesus – pit & runners

7 – Gabriel Borges – trimmer & jib/gennaker

8 – André Fonseca Bochecha: trimmer & grande/trav

9 – Joca Signorini – tática e grinder

10 – Robert Scheidt – timoneiro

20 – Henrique Haddad (Giga) – tripulante, coach e observador.

Gerente: Bruno Prada

Confira o ranking completo em https://www.starsailors.com/ranking.

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